Um voo humanitário chegou esta quinta-feira a Portugal com 267 ucranianos que fugiram da guerra.
Esta foi uma iniciativa de dois empresários, Roman Kurtysh, ucraniano residente em Portugal, e José Ângelo Neto, português, que criaram a associação Ukrainian Refugees UAPT, e que contou com apoios de vários parceiros.
A euroAtlantic airways foi uma das parceiras, tendo realizado um voo entre Lisboa e a Polónia, no dia 10 de março, onde seguiram a bordo mais de 10 toneladas de donativos para o povo ucraniano, nomeadamente medicamentos e bens alimentares, sendo que no voo de volta à capital portuguesa viajaram cerca de 267 refugiados ucranianos.
Neste operação esteve envolvido o B767-300ER com a matrícula CS-TSU, que esteve ao serviço para da Ukraine International Airlines para a realização dos voos charter para a República Dominicana (Punta Cana), México (Cancún) e Maldivas (Malé).
A companhia fez questão de sublinhar que assegurou o voo, com uma aeronave e a respetiva tripulação, com a grande contribuição da Galp e da Portway, entre outras entidades públicas e privadas.
Este voo humanitário teve o apoio institucional do Presidente da República; do Ministério dos Negócios Estrangeiros e a colaboração da embaixada da Ucrânia em Portugal.
A Embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, agradeceu, em nome do povo ucraniano, a solidariedade de Portugal. “Vamos continuar a nossa cooperação com o governo português no acolhimento dos refugiados ucranianos”. “Sinto que o povo ucraniano e o povo português são irmãos, são amigos”.
Para o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que esteve na receção aos ucranianos, este feito “é o retrato de Portugal naquilo que tem sido a sua presença ao lado da Ucrânia”. Mariana Vieira da Silva, ministra do Estado e da Presidência, que também esteve no aeroporto de Figo Maduro, este “dia muito feliz” foi um “exemplo da forma como a sociedade portuguesa se está a organizar para acolher refugiados ucranianos”.