As últimas notícias indicam que os planos de modernizar a frota das companhias aéreas do Irão parece não ter tido sucesso, uma vez que a Sukhoi não conseguiu licença dos EUA para a venda à Iran Air Tours o jato regional Superjet.
A Sukhoi é uma fabricante russa, famosa globalmente pelos modelos série de caças Flanker, mas recentemente decidiu optar pela aviação comercial com a produção do Superjet 100.
Como os modelos da Airbus e da Embraer, o Superjet 100 possui também componentes americanos: o sistema eléctrico é da Collins Aerospace, o conjunto de rodas da Goodrich e o APU da Honeywell. Vários componentes mais pequenos são americanos ou produzidos em parte por empresas dos EUA.
Com a recente volta do embargo ao Irão, os produtos americanos não podem ser exportados para o país, que se viu novamente sem poder renovar a frota das suas companhias aéreas que incluem aviões antigos como o Airbus A330 e o Boeing 747-300.
A encomenda de 20 aviões feita pela Iran Air Tours não será feita. Em declarações Maqsoud Asadi, secretário da Associação Iraniana de Companhias Aéreas disse: “Aparentemente a falta de licença a ser emitida pela OFAC (órgão do tesouro americano que controla exportações) faz com que a chegada de novas aeronaves esteja fora de questão.
Actualmente o Superjet 100 tem mais de 10% de componentes americanos, fazendo com que seja necessário ter a licença e sem ela as exportações dos componentes podem ser paralisadas impossibilitando a produção da aeronave independente do cliente.
Existem rumores que a Sukhoi estava a trabalhar na possibilidade de reduzir o número de componentes americanos para baixo de 10% mas não conseguiu fazer isso segundo Maqsoud.
O Grupo Airbus foi um dos principais atingidos pela volta das sanções impostas. A construtora europeia tinha mais de 100 aviões encomendados, mas apenas 13 ATR foram entregues e três Airbus A330, que eram originalmente da Avianca Brasil.