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Ethiopian Airlines poderá comprar a CEIBA Intercontinental


 

A Guiné Equatorial volta a considerar vender uma parte das ações da CEIBA Intercontinental, empresa aérea sediada em Malabo, Guiné Equatorial, tendo como principal base de operações o Aeroporto Internacional de Malabo.

De acordo com as informações o negócio deverá ser com Ethiopian Airlines e faz parte do plano de privatização da CEIBA Intercontinental, segundo um comunicado da Vice-Presidência e Gabinete de Imprensa do país centro-africano.

O assunto foi discutido entre o vice-presidente Teodoro Nguema Obiang Mangue e a directora-geral da CEIBA Intercontinental, Agnes Khunwana, no dia 18 de março, depois de a Ethiopian Airlines ter manifestado interesse oficial e fornecido à administração de Malabo as informações solicitadas para negociações.

Na reunião, Khunwana destacou os desafios contínuos da companhia aérea desde julho do ano passado, quando assumiu os comandos da empresa. Indicou que o principal problema da companhia aérea é a falta de liquidez, dificultando os projetos planeados como criação de hubs, expansão de rotas e reativação de aeronaves.

Nguema Obiang concordou que a situação da companhia aérea era “alarmante”, apesar da mudança de direção e da injeção do governo de XAF 9 mil milhões de francos CFA (14,8 milhões de dólares), levando-o à conclusão de que a única solução era privatizar a companhia aérea e o que levou a considerar a compra da companhia pela companhia etíope.

Para avaliar o valor da CEIBA Intercontinental, o Vice-Presidente instruiu a autoridade de aviação civil do país a contratar imediatamente um gabinete especializado para avaliar a companhia aérea.

A notícia chega depois que a companhia aérea, em novembro do ano passado, relatou progresso na sua reestruturação operacional e melhorou a receita mensal de XAF195 milhões (USD 319.467) em junho de 2023, para XAF750 milhões (USD 1,2 milhão) em julho, para XAF890 milhões (USD 1. 4 milhões) em agosto, indicando uma melhor gestão das receitas.

A companhia aérea estava focada em se reposicionar no mercado e retomar os destinos internacionais que servia anteriormente.

A Ethiopian Airlines já estava a ser considerada em maio do ano passado para gerir a CEIBA Intercontinental e os aeroportos do país, tendo este último contrato sido adjudicado à Terminals Holding, com sede em Abu Dhabi.

Nguema Obiang recomendou que a Terminal Holding seja informada da última abordagem à Ethiopian Airlines “caso queiram tomar uma posição sobre o assunto”. A consultoria de aviação internacional Knighthood Global, liderada pelo ex-presidente da Etihad Airways, James Hogan, também apresentou os seus serviços a Malabo em determinado momento.

A título de curiosidade a White Airways chegou a operar com duas aeronaves para a CEIBA Intercontinental, com um B737-800 CS-FAF e o Boeing B777-200 CS-TQX (imagem de abertura).

A companhia aérea é uma das cinco empresas estatais a ser privatizada no âmbito de um acordo entre a Guiné Equatorial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) em 2019.