A Emirates está a planear eliminar até 9.000 postos de trabalho devido à diminuição da procura gerada pela pandemia da covid-19, afirmou o presidente da empresa.
Tim Clark anunciou que já cortou um décimo do pessoal da companhia aérea, ou seja, 6.000, de um total de 54.000 trabalhadores, aos quais se aplicarão cortes.
Numa entrevista à BBC, Tim Clark disse: “Provavelmente teremos que cortar mais alguns [empregos], provavelmente até uns 15%”.
Antes do início da pandemia da covid-19, a companhia aérea contava com 60.000 funcionários e, em 31 de maio, anunciou despedimentos, apesar de não especificar quantos seriam.
Até ao momento, a Emirates era a única companhia aérea a manter a sua equipa completa, enquanto as outras operadoras do Golfo Pérsico anunciavam planos de ajustamento.
Tanto a Etihad, com sede em Abu Dhabi, como a a Qatar Airways, com sede em Doha, começaram a despedir depois que os países mais afectados pela pandemia fecharem os seus espaços aéreos, à medida que o novo coronavírus se propagava.
Segundo Tim Clark, a Emirates, propriedade de um fundo soberano do Dubai, “não estava tão mal como as outras” companhias aéreas e “estava a caminho de conseguir fazer um dos seus melhores anos” antes da pandemia.