A easyJet diz que “não conseguirá implementar as mudanças inerentes” ao novo modelo do subsídio de mobilidade social da Madeira, aprovado esta quarta-feira, 5 de fevereiro, e ameaça abandonar das duas rotas domésticas que opera atualmente entre o continente e o arquipélago.
“A implementação destas medidas implica a expulsão da easyJet de um mercado liberalizado, por uma decisão política, e que forçará a companhia a interromper as duas rotas domésticas atualmente existentes entre a Madeira e o continente português”, refere em comunicado a companhia aérea low cost, que atualmente voa de Lisboa e Porto para o Funchal.
O novo modelo do subsídio de mobilidade social da Madeira, que foi aprovado quarta-feira pelos deputados do PSD Madeira na Assembleia da República, prevê que sejam as companhias aéreas a assumir o ónus do diferencial entre o valor fixo pago pelos residentes na Madeira e o custo total da passagem.
Na informação divulgada, a easyJet lembra que começou a voar para a Madeira em 2007 e abriu voos domésticos de ligação ao continente no ano seguinte, operação que, defende a companhia, caso venha a ser suspensa vai causar “um enorme impacto negativo tanto na vida das pessoas, como no turismo e na economia de toda a região”.
Apesar de ponderar abandonar as rotas para a Madeira, a easyJet garante que, em conjunto com as suas equipas de regulação e jurídicas, vai continuar “a monitorizar esta decisão, e a analisar todos os detalhes relacionados com a mesma”.