A easyJet informou que chegou a acordo com a Airbus para adiar a recepção de 24 novos aviões, dez dos quais no exercício em curso, 12 no próximo e dois no seguinte, porque a sua primeira prioridade é preservar a liquidez.
A companhia especificou aliás que, desta forma, no exercício de 2021, que começa em outubro deste ano, não receberá qualquer novo avião.
Adicionalmente, a companhia indica que nos próximos 16 meses tem que tomar decisões relativamente a 24 contratos de leasing, o que o seu CEO Johan Lundgren realça lhe conferir “outro nível de flexibilidade para responder à procura futura”.
Johan Lundgren, durante a apresentação dos resultados do primeiro trimestre, anunciou que, após várias iniciativas de financiamento, a companhia aérea gerou uma liquidez adicional de cerca de 2,24 mil milhões de euros, levando a um fluxo de caixa de cerca de 3,8 mil milhões de euros.
Estas iniciativas permitiram à easyJet gerar liquidez suficiente para aguentar até nove meses com os aviões estacionados, se assim for necessário devido à pandemia de covid-19, o que lhes custaria cerca de 3,4 mil milhões de euros.
Para isso contribuíram acções estratégicas de controlo de custos, tais como o adiamento da aquisição de 24 novas aeronaves como referimos acima), redução de custos com trabalhadores, combustível, empresas de handling, manutenção não urgente, entre outros.
A companhia divulgou ainda que prevê que o seu prejuízo, antes de impostos, nesta primeira metade do ano, se fixe entre os 212 e 235 milhões de euros, representando uma melhoria face ao período homólogo do ano passado, em que tinha tido perdas de 316 milhões, igualmente antes de impostos.