A Delta Air Lines divulgou hoje os seus resultados do segundo trimestre de 2021, apresentando um lucro de 652 milhões de dólares, pondo fim a um período de cinco trimestres consecutivos com perdas devido ao impacto da COVID-19 e estima que, no próximo trimestre, os resultados positivos se mantenham, uma vez que as “viagens de lazer domésticas estão totalmente recuperadas para níveis de 2019 e há sinais encorajadores de melhoria nos negócios e viagens internacionais”.
Para este resultado, a companhia indica que muito contribuiu a subida da receita operacional, que aumentou 76% face ao primeiro trimestre do ano, ainda que, em comparação com igual período de 2019, este indicador tenha descido 49%, ficando. no entanto, acima das previsões da companhia aérea, que apontavam para uma descida de 50% a 52%. Já a receita por passageiro desceu 53% face a igual trimestre de 2019, enquanto a capacidade programada caiu 32%.
Com a melhoria dos resultados, a Delta Air Lines espera agora que a recuperação se mantenha no terceiro trimestre e estima que a capacidade suba entre 28% e 30%, enquanto as receitas devem crescer entre 30% e 35%, até porque a curva de reservas tem vindo a normalizar à medida que aumentam os planos de viagens dos passageiros e a procura pelas classes premium tem vindo a aumentar, assim como nas viagens corporativas, que cresceram 40% no trimestre terminado em junho, quando no trimestre anterior tinham subido 20%.
“Estou animado para ver este impulso continuar no trimestre de setembro, à medida que as viagens de negócios recuperam e os mercados internacionais continuam a reabrir”, afirma Glen Hauenstein, presidente da Delta Air Lines, citado no comunicado divulgado.
A Delta Air Lines anunciou também que vai adicionar à sua frota 36 aeronaves usadas, sendo 29 aviões Boeing 737-900ER e sete Airbus A350-900.
As 36 aeronaves adicionais irão melhorar a eficiência do combustível e melhorar a experiência do cliente, ao mesmo tempo que apoiam a estratégia de renovação da frota da Delta centrada na simplificação, escala, dimensão e sustentabilidade, observa a companhia aérea norte-americana num comunicado de imprensa.
Os Airbus A350 serão contratados através de um contrato de leasing à AerCap, 27 unidades dos 737-900ER serao comprados através de fundos geridos pela Castlelake, enquanto os dois 737-900ER restantes serão financiados a partir de fundos também geridos pela Castlelake.
“Estas aeronaves são um investimento no futuro da Delta”, disse Ed Bastian, presidente executivo da empresa. “Ao olharmos para além da pandemia, a abordagem disciplinada e inovadora da Delta à renovação da frota posiciona-nos para o crescimento à medida que a procura de viagens regressa, ao mesmo tempo que melhora a experiência do cliente e apoia os nossos compromissos de sustentabilidade”.
As entregas das aeronaves serão concluídas até ao primeiro trimestre de 2022, e entrarão em serviço após a conclusão das modificações.
A companhia sublinha que a renovação da frota de longo curso é fundamental para a recuperação da Delta, e irá ajudar a companhia a seguir um caminho de rentabilidade sustentada e crescimento futuro.