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CEO da Ryanair diz que a TAP devia libertar 250 ‘slots’ por semana que não usa em Lisboa


 

O presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, defendeuque a TAP devia libertar, pelo menos, 250 ‘slots’ no aeroporto de Lisboa, que não usa e acusou a companhia aérea portuguesa de bloquear a concorrência.

“Nós achamos que a TAP devia libertar no mínimo 250 ‘slots’ por semana [no aeroporto de Lisboa]”, disse o responsável do grupo aéreo irlandês, em conferência de imprensa, em Lisboa.

Michael O’Leary acusou a TAP de bloquear ‘slots’ (autorizações para descolar e aterrar num determinado período de tempo) na Portela, por saber com antecedência que não as vai usar, mas só as libertar com aviso prévio tardio de duas a três semanas antes de cancelar os respetivos voos.

“O Governo tem de forçar a TAP a libertar ‘slots’ não utilizados em Lisboa”, sublinhou o presidente executivo da Ryanair, argumentando que a acumulação de ‘slots pela TAP, que viu a sua frota reduzida em 30% nos últimos tempos, bloqueia a concorrência e a recuperação do turismo.

A Ryanair acusou a TAP de levar a cabo um esquema de ocupação artificial de ‘slots’, agendando voos que sabe que mais tarde vai ter de cancelar, por não ter aviões disponíveis.

O presidente executivo adiantou que a companhia aérea de baixo custo (‘low cost’) já apresentou uma queixa formal às entidades europeias competentes relativamente à questão dos ‘slots’ do Aeroporto Humberto Delgado, mas ainda não obtiveram resposta.

Para 2022, a Ryanair estima um acréscimo para 13,5 milhões de passageiros transportados de e para Portugal, ultrapassando a companhia aérea portuguesa, que, apontou, deve reduzir o tráfego para cerca de 11 milhões de passageiros no próximo ano.

Ainda assim, de acordo com o presidente executivo, o crescimento poderia ser maior “se o Governo português abrisse o aeroporto do Montijo”.

A transportadora aérea irlandesa anunciou hoje a abertura de 17 novas rotas em Portugal, no verão de 2022: de Lisboa para Bari (Itália), Madeira, Oujda (Marrocos), Poitiers (França) e Veneza (Itália), de Faro para o Luxemburgo e do Porto para Billund (Dinamarca), Madeira e Verona (Itália).

No próximo ano, a Ryanair vai também ter mais seis aviões a operar em Portugal (três da nova base da Madeira, dois em Lisboa e um no Porto), resultado de um investimento de quase 2,5 mil milhões de euros (2,8 mil milhões de dólares).