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Após 50 anos Air Malta realiza último voo


 

Conforme estava planeado a Air Malta realizou no passado dia 30 de março o seu último voo comercial.

O último voo da Air Malta descolou de Londres Heathrow, marcando o fim de uma jornada de 50 anos para a companhia aérea de bandeira do pequeno país insular.

Seguindo os passos da sua viagem inaugural em 1974, o voo final refez a rota histórica de regresso a Malta. Ao aterrar no Aeroporto Internacional de Malta, o KM103 encerrou as operações da Air Malta, abrindo caminho para um novo capítulo na aviação maltesa.

Ontem, 31 de março, a KM Malta Airlines emergiu como sucessora, inaugurando uma nova era nos céus. A transição para a KM Malta Airlines segue a decisão da Comissão Europeia de rejeitar mais financiamento estatal para a Air Malta.

De recordar que em outubro de 2023, o Governo de Malta tinha anunciado a criação de uma nova companhia aérea nacional, denominada KM Malta Airlines, que substituiria a Air Malta.

Na apresentação da nova companhia aérea, o ministro das Finanças e Emprego de Malta, Clyde Caruana, explicou que “o Governo de Malta e a Comissão Europeia estiveram envolvidos em discussões e negociações complexas” para o futuro da Air Malta ou de uma possível nova companhia e como o responsável indicou que “não teria sido possível à Air Malta ser viável sem a continuação dos subsídios estatais, em acordo com a Comissão Europeia, o Governo maltês decidiu estabelecer uma nova companhia aérea baseada num modelo de negócio realista apoiado por uma estratégia sustentável de longo prazo”.

De acordo com as informações partilhadas, as rotas da KM Malta Airlines foram projetadas pela Sabre com o objetivo de alcançar a eficiência comercial ideal, ligando Malta às capitais e aos principais aeroportos da Europa continental. Inicialmente a nova companhia vai operar um total de 17 rotas, com frequências adicionais em algumas rotas maduras existentes para maximizar a utilização das aeronaves e otimizar o desempenho comercial.

O Governo investirá 350 milhões de euros na nova companhia aérea. Destes, 300 milhões de euros serão utilizados para comprar três aeronaves, resgatar as faixas horárias dos aeroportos de Heathrow e Gatwick a uma empresa governamental e o hangar e terrenos em redor do aeroporto de Gudja.

Serão reservados 90 milhões de euros para comprar cláusulas de reforma antecipada nos acordos coletivos de pilotos (75 milhões de euros) e tripulantes de cabine (15 milhões de euros).”.

A nova companhia irá reempregar as 390 pessoas atualmente registadas na Air Malta, com novos contratos de trabalho proporcionais às condições de mercado e operar um total 17 rotas com uma frota de oito Airbus A320neo.