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Airbus A330-200 da Hawaiian no Porto para treino de tripulações (com vídeo)


 

O Aeroporto Francisco Sá Carneiro recebeu esta quarta-feira, 10 de abril, para uma visita fora do normal.

Tratou-se do Airbus A330-243 da Hawaiian Airlines com a matrícula N383HA a realizar o voo HA1592.

De acordo com as informações, tratou-se de um voo de treino de tripulações ETOPS entre Boston e o Porto.

Já esta quinta-feira, a aeronave está de regresso a Boston, com o número de voo HAL1593.

O momento foi capturado pelos Spotters threegolf747 e pelo Spotter Filipe Couceiro.

Foto carregada no nosso site pelo Spotter Filipe Couceiro:

A Hawaiian Airlines é uma companhia aérea dos Estados Unidos com sede em Honolulu, Havai, foi fundada em 1929 e é a maior companhia aérea do estado.

A chegada da aeronave foi capturada pelo Spotters threegolf747:

ETOPS é uma sigla para certificações oficiais de autoridades aeronáuticas de vários países, que permitem às aeronaves comerciais e aeronaves executivas voarem em rotas que estejam tão distantes de um aeroporto alternativo quanto a distância de voo percorrida em até 60 minutos, ou, em outros casos, até mais.

ETOPS são certificações obrigatórias concedidas por autoridades aeronáuticas, entre elas a FAA dos Estados Unidos e a EASA, que permitem que aeronaves executivos bimotores, aeronaves comerciais bimotores e alguns turboélices bimotores operem normalmente em longas rotas transoceânicas. Algumas aeronaves com mais de dois motores, também possui ETOPS, devido a outros requisitos (como contenção de fogo nos porões de carga).

Numa tradução livre e simplificada, ETOPS significa Operação de Longo Alcance, e, durante o processo de certificação, as autoridades aeronáuticas submetem a aeronave e o seu fabricante a uma série de exigências, entre elas sistemas de segurança redundantes e equipamentos de comunicação e navegação altamente confiáveis.

Atualmente, as principais certificações atuais deste tipo são:

75 minutos nas áreas do Caraíbas e Oeste do Oceano Atlântico
90 minutos na região da Micronesia
120 minutos
138 minutos
180 minutos
207 minutos na área do Norte Pacífico
240 minutos
330 minutos

Para receber qualquer uma destas certificações os fabricantes de aeronaves comerciais ou executivas têm que demonstrar para as autoridades aeronáuticas, incluindo testes de demonstração em voo, que a aeronave submetida a análise é segura o suficiente para este tipo de operação, incluindo longas viagens transoceânicas.

Atualmente, a maior parte dos modelos de aeronaves bimotoras, comerciais e executivas, de médio e grande porte, com motorização turbofan, com alcance intercontinental, dos grandes fabricantes mundiais, possuem estas certificações. 

A principal exigência das autoridades aeronáuticas para a obtenção dessas certificações é a capacidade da aeronave em se manter em voo, caso um dos motores falhe, até uma aterrgaem de emergência mais próxima, principalmente pela análise do índice de confiabilidade dos motores.

As companhias aéreas comerciais também podem ser submetidas à exigência de certificação ETOPS, que inclui a análise de questões relacionadas à segurança de voo, entre elas os seus programas de treino e padrões usados na manutenção das aeronaves.

 

De recordar que recentemente, a companhia norte-americana Alaska Airlines anunciou a compra da Hawaiian Airlines por um total de 1,9 mil milhões de dólares, incluindo mais 900 milhões de dólares da dívida atual da Hawaiian Airlines.

A fusão deverá concluída dentro dos próximos 18 meses, incluindo a análise e aprovação pelas autoridades reguladoras dos Estados Unidos da América.

A Hawaiian Airlines foi criada para servir os habitantes do arquipélago norte-americano do Hawai, com voos dentro das ilhas e voos de longo curso para o continente norte-americano, Pacífico Sul, Austrália e Ásia. Já a Alaska Airlines opera uma rede de rotas centrada na costa oeste dos EUA.

Ben Minicucci, CEO da Alaska, já foi indigitado para as mesmas funções no Grupo que resultará da fusão e que terá sede na cidade de Seattle.

O responsável indicou que ambas as marcas permanecerão independentes, mas serão integradas “numa única plataforma operacional, que contarão com um total de 1.340 partidas diárias, 365 aviões e voarão para 138 destinos.