Esta terça-feira, 12 de setembro, um Airbus A320 da companhia aérea russa Ural Airlines, com a matrícula RA-73805, efetuou uma aterragem de emergência num campo ao ficar sem combustível para chegar a um aeroporto alternante, após um desvio de voo devido a um problema técnico.
De acordo com a agência russa de vigilância da segurança aérea, o avião, que ligava Sochi, no Mar Negro, a Omsk, na Sibéria, aterrou por volta das 02:44 GMT (03:44 em Lisboa) num campo de cultivo perto da aldeia de Kamenka, na região de Novosibirsk.
Segundo o The Aviation Herald, a aeronave transportava 159 passageiros e 6 tripulantes, mas, quando estava na aproximação final para a pista 07 de Omsk às 07:41 do horário local, os pilotos descontinuaram a aproximação a cerca de 600 metros de altitude devido a uma falha hidráulica.
Os pilotos decidiram subir para o FL180 (18.000 pés de altitude, ou 5.480 metros) em direção a um aeroporto alternante, em Novosibirsk, cerca de 320 milhas náuticas (592 km) a leste de Omsk, feito a uma velocidade de cerca de 260 nós (480 km/h) em relação ao solo.
No entanto, precisou realizar uma aterragem força num campo de cultivo perto de Kamenka, cerca de 110 milhas náuticas (203 km) antes de chegar a Novosibirsk, por volta das 09:45 do horário local, por falta de combustível.
O governador de Omsk informou que a tripulação relatou um problema hidráulico afetando os travões e estava preocupada que a aeronave não conseguisse parar na pista (2.500 metros de comprimento), portanto, desviaram para Novosibirsk, onde pistas mais longas (3.600 metros) estão disponíveis, o suficiente para parar a aeronave com a falha hidráulica.
De acordo com os cálculos, deveria haver combustível suficiente a bordo para chegar ao aeródromo. Uma vez que as portas do trem de aterragem permaneceram abertas devido à falha hidráulica, e isso, juntamente com fortes ventos contrários em rota, aumentou o consumo de combustível. O comandante percebeu que não conseguiria chegar a Novosibirsk e decidiu aterrar de emergência.
De acordo com as informações não houve feridos, tendo o Comité de Investigação da Federação Russa aberto um inquérito criminal por violação das regras de segurança do transporte aéreo.
Alvo de sanções ocidentais devido à invasão da Ucrânia, a Rússia está a enfrentar problemas de manutenção e de acesso a peças sobressalentes para os aviões Airbus e Boeing operados pelas companhias aéreas russas.