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11 de setembro – O dia que a memória não apaga


 

O dia que ninguém jamais esquecerá. Todos nós sabemos onde estávamos, o que fazíamos, naquele dia em que aconteceu o pior atentado terrorista de sempre, com quase 3.000 mortos, a Al-Qaida atacou o coração da principal potência mundial há 20 anos, e “empurrou” os Estados Unidos para a sua guerra convencional mais longa, no Afeganistão.

O que parecia um acidente, o primeiro avião a chocar com a Torre Norte do WTC em Manhattan, era, afinal, um ataque orquestrado para aterrorizar a América e o mundo em direto – e o mundo parou em choque.

Depois do primeiro embate (08:46 locais, 13:46 em Lisboa), seguiu-se um segundo avião contra a Torre Sul (09:03), um terceiro contra o Pentágono (09:37) e um quarto que se despenhou na Pensilvânia (10:03), segundo o cronograma do Memorial do 11 de Setembro.

Graças à força e coragem dos passageiros o quarto avião despenhou-se a 20 minutos de voo de Washington e os investigadores presumem que o alvo seria o Capitólio ou a Casa Branca, que foram evacuados.

Neste mesmo dia estava em Boston uma tripulação da SATA Azores Airlines que tinha realizado o voo Lisboa – Ponta Delgada – Boston, no dia anterior, e não conseguem descrever em palavras como foi sentir aquele dia na pele.

De recordar que dois dos voos descolaram do Aeroporto de Boston:

O voo 11 da American Airlines (AA11) descola do Aeroporto Internacional de Logan para Los Angeles com 11 tripulantes e 81 passageiros.

Num outro terminal do mesmo aeroporto, o voo 175 da United Airlines (UA175) também descola com destino a Los Angeles, com nove tripulantes e 56 passageiros a bordo.

Passado pouco tempo os EUA fecham-se ao mundo suspendendo / desviando todos os voos e fazendo uma das maiores operações de fiscalização interna.

O aeroporto de Santa Maria, nos Açores recebeu alguns das aeronaves que tiverem ordem para aterrar como foi o caso do Boeing 767 da Delta Air Lines:

Foto: Aeroporto de Santa Maria / LPAZ – SMA / Santa Maria Airport

Os membros da tripulação da SATA Azores Airlines relatam que as tropas entraram pelos hotéis a dentro, fazendo com que todos viessem para a rua para que fossem revistados, bem como todos os quartos.

Só passadas algumas horas e depois de devidamente interrogados é que poderem voltar ao seus quartos e de lá não sair até novas ordens.

O 11 de Setembro – ou ‘nine/eleven’ no mundo anglófono – foi um ataque terrorista coordenado contra três pilares da América: o económico, representado pelo WTC, o político, pelo alvo em Washington, e o militar, pelo Pentágono, a sede do Departamento de Defesa.

O então Presidente George W. Bush, de visita a uma escola na Florida, foi informado pelo seu chefe de gabinete, Andrew Card, que lhe disse ao ouvido: “Um segundo avião atingiu a segunda torre. A América está a ser atacada”.

A América estava a ser atacada, não com armas convencionais, mas com quatro aviões de passageiros, dois da American Airlines e dois da United Airlines, sequestrados e pilotados por 19 terroristas islamistas suicidas que os transformaram em armas de destruição em massa.

As escolha dos aviões como armas baseava-se na quantidade de combustível, cujo incêndio gerou temperaturas de tal forma elevadas que provocaram o colapso da estrutura de aço das Torres Gémeas, de mais de 400 metros de altura.

Estas quatro “armas não convencionais” provocaram a morte a 2.977 “civis” e aos 19 terroristas, num total de 2.996 mortos, naquele que é considerado o atentado mais mortífero de sempre.